domingo, julho 30, 2006

A HISTÓRIA ANIMAL

Ontem a televisão exibia as imagens de vários animais na selva promovendo um documentário a emitir na RTP2 intitulado “ANIMAIS COMO NÓS”.
Hoje, e depois de ver nos telejornais as imagens dos bombardeamentos israelitas sobre QANAN e que vitimaram várias dezenas de crianças, concluí afinal que os tais animais do documentário são "ANIMAIS MELHORES QUE NÓS."

UM PECADO PORTUGUÊS

A manipulação feita pelo jornalismo português para além de preocupante e demagógica tornou-se também altamente nojenta. O caso REFORMA DE MANUEL ALEGRE é um bom exemplo. Lamenta-se que para além dos jornalistas também políticos com altas responsabilidades como Marques Mendes afinem pelo mesmo diapasão ao ponto de irem contra os seus próprios direitos com o intuito de ganharem mais uns tostões na venda dos seus pasquins ou pela conquista de mais uns votos junto do povo mais ignorante e estupidificado. Por acaso o deputado Manuel Alegre não trabalhou ao longo dos anos descontando para a segurança social e não atingiu agora a idade da reforma? Por acaso não usufrui de um direito seu? Quem tivesse lido a notícia do Correio da Manhã ficaria com a ideia que o deputado socialista tinha conquistado uma reforma por ter trabalhado apenas 3 meses nos quadros da RDP. Tal como diz muito bem na edição de ontem do jornal “O Público” a colunista São José Almeida, “para muitos dos ignorantes e presunçosos jornalistas portugueses, que têm uma espécie de Salazar na cabeça, o político é sempre um criminoso, que não tem direito a nada. É este clima de desvalorização da política que devia preocupar os deputados e as elites politicas em geral…como modo de dignificar a democracia e até de a preservar.”
Já há algumas semanas atrás, desta vez o jornal “24horas” também se deu ao desplante de publicar em manchete os valores que os profissionais da RTP iriam usufruir durante a sua estada na Alemanha na cobertura do Mundial de Futebol. Que se saiba, a administração da televisão pública propôs aos seus profissionais um contrato especial de forma a evitar o pagamento de 8horas extraordinárias em média por dia durante todo o evento, as horas extraordinárias de 10 dias de folga e de 3 feriados, o subsidio referente aos cerca de 12000kms percorridos de carro por aqueles profissionais de forma a que tal contrato fosse menos oneroso para a RTP do que se aqueles trabalhadores fossem deslocados sujeitos pelo seu contrato normal do dia a dia. O jornal não se preocupou em fazer essas contas mas procurou alimentar a polémica ouvindo gente bastante suspeita como a jornalista Manuela Moura Guedes, funcionária de TVI, mulher do Director daquela estação que no passado também foi director da televisão pública e que fez um contrato bem avantajado aquando da sua saída da RTP em jeito de “indemnização especial”, ou indo ouvir o Director de informação da SIC, o Sr. Ricardo Costa, que se mostrou muito indignado com o assunto chegando ao ponto de declarar que "os profissionais da sua estação se tinham deslocado à Alemanha por gozo." Confesso que não estou lá muito disposto a trabalhar por gozo até porque sempre que me desloco ao supermercado não compro nada com o gozo nem pago as minhas contas com gozo. Costumo gozar mais mas quando me venho. Gozaria também se o Sr. Ricardo Costa e a Sr. Manuela Moura Guedes divulgassem os seus ordenados e mordomias mensais e se explicassem em que condições trabalham os jornalistas das suas redacções sobretudo dos estagiários que ali laboram. Já agora, o jornal “24 horas” poderia fazer o mesmo em relação aos seus quadros.
Tudo isto faz-me lembrar aquela velha história em que um português e um canadiano estão juntos e ambos vêem passar um indivíduo num carro luxuoso. O canadiano diz então, “hei-de ter um carro igual àquele”. Por outro lado o português disse de seguida, “hei-de sacar o carro àquele gajo”
Ontem em conversa com um amigo meu falávamos das virtudes e dos defeitos do nosso país. Dizia-me ele, “nós temos cá muitas coisas boas por tanto não se queixe.” Estou de acordo mas há uma diferença substancial em relação a certos países mais civilizados e desenvolvidos que nós, enquanto que por aqui as coisas boas não suplantam as más, nos outros países as boas destacam-se mais que as más.

sábado, julho 29, 2006

NUNCA MAIS ACABA

A 5 de Junho de 1967 o general israelita Moshe Dayan iniciou a guerra a que chamaram dos 6 dias.
Puro engano, nunca uma guerra teve um nome tão inadequado. Os dias continuaram a passar e a guerra ali iniciada manteve-se até hoje e sem fim à vista. Muito dificilmente o mundo encontrará solução para o caso. A razão e as injustiças moram dos dois lados. As raízes do Holocausto ainda perduram. O Ocidente sempre teve a mania de tratar dos assuntos sérios muito precipitadamente e muitas das vezes sem respeitar terceiros. O mundo assiste agora às consequências dos erros cometidos. As vítimas inocentes não param de crescer. A solução definitiva só passaria por um mundo utópico. Um mundo sem fronteiras, culto, sem injustiças e consequentemente civilizado. As religiões e a ganância humanas não permitirão que tal aconteça. Sendo assim, continuemos rumo à destruição total.

sexta-feira, julho 28, 2006

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

No jornal “Público” do último Sábado, o Sr. Vasco Pulido Valente voltou à carga ao funcionalismo público. Diz que a solução para a infindável crise passa por se tratar mal os funcionários públicos. É incrível como um ser culto e inteligente defenda tais princípios, ao que nós chegamos. Já se percebeu que o V.P.V. cegou tão gravemente que até se transformou num autentico cão raivoso. Alguém que socorra o bicho. Não tratemos mal seja quem for. Nem os canalhas.

quarta-feira, julho 26, 2006

O VíRUS RESISTE

Depois de longa ausência pelo chamado Primeiro Mundo regressa o “ENTRE AS BRUMAS” e como era de esperar, encontra o Portugal de sempre, igual a si próprio, atacado pela peste. A maioria dos políticos, jornalistas, gestores, economistas, “opinion makers” e o povo em geral não mudaram. A doença está para durar. Infelizmente.

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  • A MEMÓRIA QUE NÃO SE APAGA