sábado, setembro 30, 2006

PERDOAI-LHES SENHOR PORQUE ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM

Deus, dê-me sabedoria para entender o meu chefe. Não me dês força senão ainda lhe vou aos cornos.

POLIVALÊNCIA E TENHA PACIÊNCIA

Com o intuito de enriquecer alguns e dar mais trabalho a outros, partir dos anos 90 em Portugal, começou-se a querer-instituir nas empresas a política da polivalência de funções. Escaparam a este tipo de politica economicista poucas classes profissionais, por exemplo, os médicos cirurgiões e os pilotos da aviação apenas só porque quem decide estas coisas não está lá muito interessado em ser operado por um enfermeiro ou viajar num avião tripulado por uma hospedeira.
Não nos venham contar a história que nos outros países também é assim. Bem pelo contrário, pelo que tenho verificado lá por fora mantém-se muito o hábito de cada um tocar apenas o seu “instrumento”, só que com uma diferença substancial, a de que tem que o tocar muito bem e especializar-se nele cada vez mais. Por essa razão, de uma maneira geral, tudo é bem mais feito e todos são melhor servidos.
Um exemplo irritante do que se vai passando cá no burgo:
Muitas cafetarias estão a criar o hábito de o empregado da caixa registadora servir também os clientes. Colocamo-nos na fila para fazer o pré-pagamento do que vamos consumir, esperamos que o empregado faça o registo de caixa do pedido do cliente que está à nossa frente e depois, fica-se à espera que o mesmo empregado abandone a caixa e vá servir o utente. Entretanto, os restantes clientes resignam-se pacientemente graças à chamada polivalência. Paguem e esperem se quiserem.

O PROBLEMA MAIOR

O poder dos ricos e a ignorância dos pobres.

terça-feira, setembro 26, 2006

JÁ ESTAMOS POR TUDO

Cavaco Silva aconselhou os empresários portugueses a investir em Espanha.
A pergunta que se impõe é saber se há algum país desenvolvido e interessante disposto a aturar a reles maioria dos empresários portugueses vazios de criatividade, pouco cultos, especialistas em "esquemas" manhosos e ávidos do lucro fácil e rápido. No lo creio. A ideia do Aníbal até seria genial se os trocássemos com os empresários espanhóis e já agora se também trocássemos o nosso Presidente pelo Rei de Espanha.

quinta-feira, setembro 21, 2006

A CONVENÇÃO DAS BEATAS

O movimento Compromisso Portugal que junta 500 pessoas, entre empresários, gestores, advogados, académicos e variadas personalidades da sociedade civil, reúne-se hoje em Lisboa pela 2ª vez sob o nome da Convenção do Beato.

Ia um padre num avião. Ao seu lado um outro passageiro não parava de, de vez em quando, soletrar a palavra FODA-SE. Acontecia cada mais frequentemente. O padre começou a sentir-se incomodado até chegar ao ponto de o chamar à atenção. Às tantas o padre fez questão em ajudá-lo pois o homem não parava de dizer a palavra FODA-SE. Foi então que o passageiro resolveu contar-lhe o problema que o preocupava e disse-lhe:
-Oh Sr. Padre, eu sou branco, a minha mulher é branca e agora nasceu-nos um filho que é negro.
Nisto exclamou o padre:
-FODA-SE.

ENGANADOS

O PSD veio agora denunciar que há falta de 100 guardas prisionais nas cadeias portuguesas. Como é tão “engraçado” e ridículo o comportamento do maior partido da oposição. Quem os oiça não os leva presos. Uma das políticas predominantes do PSD é exactamente o emagrecimento dos quadros profissionais do Estado, a liberalização dos despedimentos quer seja no Estado ou nas empresas privadas, tudo a pretexto da salvação da economia.
Oh meus caros, a falta de profissionais não se faz sentir apenas nas cadeias portuguesas, infelizmente vai acontecendo em vários sectores da vida portuguesa. Nos últimos anos ninguém se preocupou com as rescisões de trabalho e as reformas antecipadas propostas aos mais variados tipos de profissionais. A situação nos quadros da banca foi a mais escandalosa de todas. O prejuízo causado vem agora sendo suportado pelos utentes. A palavra de ordem mais sentida pelo público vai sendo cada vez mais batida e resume-se à simples frase “espera se quiseres”. Mas não só, os que se mantiveram nos serviços e nas empresas foram sobrecarregados com o trabalho que há para fazer à custa de horas extraordinárias que na maioria das vezes não lhes são pagas. Ninguém nos consegue convencer que um empresário ou gestor não prefira ter um único empregado que trabalhe 12 ou mais horas por dia do que dois que trabalhem 7 ou 8 horas. Por estas razões há cada vez menos emprego, consequentemente menos dinheiro para a Segurança Social, menos condições de trabalho, menos qualidade nos produtos produzidos o que pressupõe menor desenvolvimento, maior insatisfação na população mas muito mais dinheiro no bolso de uma minoria exploradora. É muito simples, a economia não é assim tão difícil de analisar como nos querem fazer acreditar deitando-nos constantemente poeira para os olhos com discursos da “tanga”. Difícil é ser criativo, imaginativo e justo. São qualidades que vão faltando aos políticos e legisladores indígenas. Daí o atraso de Portugal. Só existe criatividade para tentar enganar o próximo. Afinal o que falta não são guardas prisionais, faltam é mais presos nas cadeias portuguesas.

sábado, setembro 16, 2006

EM BANHO-MARIA

Numa das escutas interceptadas pela Policia Judiciária em que José Veiga e Pinto de Sousa foram os interlocutores, não foi considerada suficiente para imputar qualquer crime aos intervenientes. Recorde-se, o ex-empresário era patrão do Estoril Praia e falou com Pinto de Sousa, gestor da arbitragem na federação, para que aquele contactasse o árbitro Jorge Sousa, de forma a que o Estoril fosse beneficiado no jogo seguinte. Pinto de Sousa disse que trataria do assunto, mas o Ministério Público entendeu que a matéria apurada não era suficiente porque não ficou demonstrado quais as contrapartidas recebidas pelo árbitro do jogo que o clube de Filipe Vieira viria a vencer.
Entre vários dirigentes da estrutura do futebol e mais 15 dos 18 árbitros investigados, foi provado, através das escutas telefónicas, estarem envolvidos em tráfico de influência e em corrupção.
Agora um magistrado consegue, dando a “volta” ao texto, descobrir que a lei que permitiu dar início às investigações não está conforme o que manda a Constituição e que portanto todo o trabalho até agora desenvolvido pela PJ no caso do Apito Dourado é para deitar fora por decisão do Tribunal Constituicional.
Entretanto, este fim de semana a “bola vai continuar a rolar sobre a erva” dos estádios portugueses com os mesmos protagonistas de sempre. O incrível da situação é que o público até vai pagar para ir ver e vibrar com golos válidos e marcados com a mão.

sábado, setembro 02, 2006

O INTERESSE PÚBLICO

"Cientistas norte-americanos modificaram geneticamente células imunitárias para especializá-las no combate aos tumores cancerígenos. Segundo um estudo divulgado pela revista Science, foi possível, pela primeira vez, a regressão de cancros em humanos."
Esta notícia diz-lhe alguma coisa? Tem algum interesse em especial? Pelo que se pode constatar para o Jornal da Tarde da RTP ou para o Jornal Público, que diz-se ser uma referência do jornalismo português, NÃO. Na televisão de serviço público surgiu no seu alinhamento 40 minutos após o início. No jornal Público não foi notícia de primeira página nem sequer consta na sua edição online.
Trata-se do mais importante avanço da ciência e da medicina na luta eficaz contra o cancro.
Honra seja feita à estação de rádio Antena Um que abriu o seu noticiário das 22 horas com esta notícia no mesmo dia em que a mesma foi divulgada ouvindo e questionando interessadamente um especialista português de oncologia.

"A Federação Portuguesa de Futebol vai invocar segunda-feira o interesse público de forma a permitir que os campeonatos profissionais decorram com normalidade, apesar da providência cautelar interposta pelo Gil Vicente, no âmbito do "Caso Mateus".
Esta notícia foi nesse dia a abertura dos telejornais e a manchete principal da imprensa generalista portuguesa.
Ficamos esclarecidos, caso nos “bata à porta” qualquer situação grave de saúde, passemos pela sede da Federação Portuguesa de Futebol ou da Liga de Clubes para solicitar a ajuda necessária.

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  • A MEMÓRIA QUE NÃO SE APAGA