quarta-feira, julho 04, 2007

VOAR É PRECISO

A companhia aérea estatal angolana vai estar proibida de voar os céus dos países da Comunidade. Bruxelas, muito bem, acatou os pareceres do Comité de Segurança Aérea que depois de a já ter alertado, colocou a TAAG na lista das companhias aéreas que não inspiram confiança em questão de segurança aérea. O Governo angolano é rico, ao contrário do seu povo, e julga que tudo pode ser uma rebaldaria. Herdaram esta cultura dos portugueses que também sempre funcionou neste espírito. A reacção segundo se consta nos órgãos de informação é que Angola prepara já uma retaliação proibindo a TAP de voar no espaço aéreo angolano. Angola tem um certo complexo de vingança a tudo que não lhe agrada e que emane de Portugal. É sempre assim quando surgem decisões do governo português que estabelece por exemplo, regras mais apertadas na atribuição de vistos a cidadãos estrangeiros, ou quando um angolano é detido por conduzir em Portugal com uma carta de condução não devidamente legalizada. O governo angolano dá logo instruções para que todos os cidadãos portugueses a conduzir em Angola sejam também detidos mesmo que conduzam com uma licença reconhecida em todo o mundo. Angola tem um ódio de estimação em relação aos portugueses.
Até se pode compreender que Angola se comporte assim, as marcas da história de quase 500 de colonialismo português ainda resistem mas nos tempos que correm já não se aceita este tipo de atitude. Deveria estar fora de moda. Para as novas gerações a história já lá vai e vivendo outro tipo de mentalidade. É isso que os responsáveis angolanos têm que compreender. Como estão muito entretidos no seu poder e no seu bem-estar nunca irão perceber tal evidência.
Angola faz de conta que não quer entender que a decisão de proibir a TAAG de voar na Europa é da responsabilidade de Bruxelas e do Comité De Segurança Aérea. Ou por outra, entende mas, demonstrando alguma arrogância estúpida de novo-rico procura a vingança naquele que lhe é mais conhecido que é onde habitam os Tugas. Por outro lado, os portugueses têm um complexo de culpa de tudo o que possa acontecer de mau em relação a Angola. Vai daí, o Ministro dos Transportes e das Obras Públicas, Mário Lino, num pedido feito pelos jornalistas para reagir a esta decisão da Comunidade Europeia, procurou logo dizer, que vai tentar ajudar Angola, que sim senhor, temos que respeitar a mesma mas que também tem que haver bom senso. O melhor é o Sr. Ministro estar calado para não dizer mais asneiras. Mas qual bom senso, Sr. Ministro? Aquele que nos caracteriza tipo nacional-porreirismo, "vejam lá facilitem também um pouco as coisas"? Não está a ver que o que está em causa é a segurança aérea e a vida de centenas de pessoas? E que em relação à segurança que é o que está em causa não se deve facilitar um milímetro que seja? Não digam tanta baboseira e deixem os técnicos na matéria decidir competentemente. Angola se quer desenvolver-se convenientemente só tem que respeitar e ser respeitada em termos de sociedade. Resolva urgentemente o problema da sua companhia aérea para que ela possa também ombrear com as mais qualificadas levando ao crescimento saudável toda a comunidade angolana e transformar-se num país moderno e civilizado. Tem as melhores condições para o fazer. Tomara nós.

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  • A MEMÓRIA QUE NÃO SE APAGA