quarta-feira, novembro 21, 2007

PORTUGAL NÃO EXISTE

A maioria das pessoas fica muito surpreendida quando alguém diz que, até poderíamos viver melhor se não estivéssemos integrados na Comunidade Europeia. Nos tempos que correm afirmar tal coisa é mesmo considerado uma blasfémia. Talvez seja verdade dadas as circunstâncias mas também seria importante perceber os porquês de tamanha dependência e questionarmo-nos se não existiriam alternativas. Vejamos, a França, a Inglaterra, a Alemanha, a Espanha, a Holanda, a Bélgica e outros não seriam igualmente países desenvolvidos caso não pertencessem à Comunidade? Colocando a questão de outro modo, não existem países dentro e fora da Europa que não fazendo parte de qualquer comunidade gerem eficazmente os seus recursos e os seus destinos? Sabemos que os há, bastantes. Portugal poderia ser um desses países. Podia mas não sabe como nem nunca foi capaz de se preparar para tal. Porquê? Apesar dos gloriosos tempos do seu passado longínquo os portugueses foram-se habituando a deixar de aprender, a liderar nobres causas, a investir inteligentemente e a lutar com dignidade. Os portugueses optaram antes por se “encostar” a quem julgam ser os seus poderosos protectores e assim jogarem toda a sua esperteza saloia nesse factor. Portugal é aliado e está presente quando lhe convém e é discreto ou ausenta-se quando acha que isso lhe pode ser prejudicial no imediato. Sempre que duas forças antagónicas se confrontam, Portugal procura esquivar-se ou secretamente negoceia com ambas sempre à espera de poder mais tarde vir a colher os seus frutos com qualquer um dos vitoriosos. A nossa história está cheia de exemplos de tal comportamento. Há 200 anos durante as invasões francesas Portugal negociava ao mesmo tempo com as tropas de Napoleão e com o poder britânico. Durante a Segunda Grande Guerra, Portugal colaborou com todos e fosse qual fosse o final da contenda Portugal lá estaria no final a aplaudir os seus novos aliados apresentando a facturazinha. Portugal só sabe andar à boleia. Portugal criou, alimentou e deixou progredir uma casta política de muito fraco nível. É sobretudo por causa dessa medíocre classe politica que Portugal ganha com o facto de pertencer à Comunidade Europeia caso contrário se fossemos exclusivamente governados por ela naturalmente estaríamos numa situação bem pior. Chega-se assim à conclusão que, para nos mantermos na linha temos forçosamente que estar submetidos aos ditames de outros como se de meninos mal comportados se tratasse. Um dia em que a Comunidade Europeia entre em agonia e termine Portugal será dos primeiros a cair em depressão e em desgraça sem saber como sair do caos. Se os dirigentes e os políticos portugueses fossem mais inteligentes, cultos, criativos e competentes na gestão dos seus recursos talvez Portugal não precisasse de aderir ao que quer que fosse e seria talvez capaz de ser um país desenvolvido, próspero e respeitado como outros o são. Portugal opta por continuar “encostado” a quem lhe dá ordens e indicações a troco de uns cêntimos que lhe dão jeito para alimentar as suas miseráveis almas. Portugal na história recente nunca quis fazer frente a ninguém (o caso Timor foi excepção mas sobretudo depois de perceber que a maioria da comunidade internacional denunciava a mesma situação). Portugal preferiu estar na fotografia com os poucos mas poderosos países que entenderam destruir o Iraque. Portugal abraça Hugo Chavez ao mesmo tempo que aplaude Juan Carlos. Portugal faz de conta que não vê os direitos humanos serem violados em África, na China, no mundo árabe ou na Rússia e onde o seu Primeiro Ministro aproveita para fazer o marketing da sua imagem fazendo footing nas suas principais avenidas e praças alheio a tudo o que se passa de mau à sua volta. Portugal não denuncia. Portugal não tem posição, não é nobre. Quando Portugal é designado para ser o anfitrião de encontros políticos da Comunidade Europeia e está em jogo a assinatura de um tratado delineado pelos interesses dos mais poderosos, Portugal só pensa em esforçar-se por agradar a quem o designou para tal tarefa. Portugal não percebe que, determinados países como por exemplo a Polónia, para darem o seu aval fizeram frente aos grandes da Comunidade até verem satisfeitos os interesses dos seus países. Portugal pelo contrário, ficou feliz porque apareceu nas televisões do estrangeiro e porque o tratado vai ter o nome de uma das suas cidades. Portugal é parolo. Portugal não quer por agora ouvir falar em referendos porque os tais grandes da Europa não querem que se perturbe a marcha triunfal dos seus desígnios. Portugal, como sempre, esqueceu de imediato as suas promessas. Portugal é cobarde e mente. Portugal deixou de dar a mão aos portugueses deixando-os de braço estendido para ser apertado pelas manápulas dos mais fortes. Portugal é fraco. Portugal não existe.

1 Comments:

Blogger ahmed deraz said...

خدمات تنظيف دبى 0567410494 التاج الملكى
تقوم الشركة بعمل تعقيم على جميع البقع، فيوجد العديد من الفيروسات والبكتريا التي لا تري بالعين المجردة ولكن مع
شركة تنظيف موكيت بالبخار دبى
وايضا شركة تنظيف كنب بالبخار دبى
لديها المعدات والأجهزة التي يمكن من خلالها رؤية هذه البكتريا والفيروسات ولديها أفضل المعدات والمساحيق التي تعمل على إزالة هذه البقع نهائياً.


6:51 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

Powered by Blogger

  • A MEMÓRIA QUE NÃO SE APAGA