domingo, janeiro 25, 2009

AS DESPEDIDAS

Fidel Castro na sua coluna, o ‘pai’ da Revolução Cubana admite que não espera assistir ao final do mandato do presidente dos EUA, Barack Obama, para lhe fazer o balanço, como fez com dez presidentes norte-americanos.
'Tive o raro privilégio de observar os acontecimentos durante uma tempo muito longo. Recebo informações e medito calmamente sobre esses acontecimentos', diz Fidel, acrescentando: 'Prevejo que não desfrutarei desse privilégio daqui a quatro anos, quando tiver terminado o primeiro mandato presidencial de Obama.'
Fidel começou já a despedir-se deste mundo. Talvez não assistirá ao desenrolar dos acontecimentos durante o mandato deste novo Presidente dos Estados Unidos nem tão pouco ao colapso e às consequências desastrosas das politicas económicas do capitalismo e do neo-liberalismo contra as quais ele apregoou sem no entanto também ter convencido apesar da oportunidade de que dispôs ao fim de tantos anos de poder e de um povo que o ouviu e que se solidarizou com ele. Fidel foi diferente mas não o suficiente. Tivesse o seu regime triunfado e talvez muitos povos o seguissem e se convencessem com os méritos do socialismo. Talvez o mundo estivesse melhor. Perdeu-se a oportunidade. Foi pena. Ficamos sem saber se algum dia a história o absolverá.

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