segunda-feira, fevereiro 13, 2006

OXIGÉNIO


Era uma rádio local. A rádio de Oeiras (Rádio Clube da Linha). Hoje tem um ar diferente.
Na altura da legalização a Assembleia da República entendeu pôr fim à anarquia das rádios “piratas”e organizar o espectro radiofónico que se encontrava num estado caótico. Para a atribuição de alvarás exigiu condições que passavam, para além de um estudo de viabilidade económica, garantias de uma informação vocacionada para servir as respectivas populações locais. Pretendia-se a diferença necessária em relação às estações nacionais. Ficou-se pelas boas intenções. A falta de estratégia a juntar à falta de apoios substanciais e à própria qualidade das emissões arrastaram a maioria das estações para a falência. Algumas acabaram por ser “engolidas” pelas maiores estações ligadas aos grandes grupos económicos pondo um ponto final na sua função regional enquanto que muitas outras, por falta de meios técnicos/humanos e também de audiências, colocaram os projectos iniciais de parte e ficaram por aí empestando o “ar” de ruído com emissões(???) de muito fraca qualidade e gosto duvidoso. Deixaram de ser “piratas”, depois locais ou regionais e são agora simplesmente “pimbas” ou nem sequer isso. São “coisa nenhuma”.
Enquanto a situação não for revista por quem de direito, valha-nos o facto de alguém ter aproveitado a falha para adquirir algumas frequências moribundas e terem ali criado projectos pessoais e arrojados como aconteceu por exemplo em especial na região de Lisboa. O destaque vai para a frequência de 102.6 FM, ex-Rádio Clube da Linha. O ar ali está mais respirável. Excelente musica, locuções sóbrias, pouca publicidade e algumas boas ideias. O nome da estação está adequado ao estilo, Rádio Oxigénio, “musica para respirar”. Bastante saudável.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

a melhor rádio era a rádio Marginal nos seus primeiros tempos, quando tinha aquele grande programa "Carta Batida, Carta Jogada"

3:32 da manhã  
Blogger Saci Pererê said...

Esse programa das cartas era famoso, e a rádio brutal.
quanto à Oxigénio longe vai o tempo em que era independente e a qualidade por muito que pareça dificil era ainda melhor.
Agora pertence ao Montês e à sua musica no coração.
Sobra-nos muito pouco ou nada de projectos individuais ou regionais com qualidade. Se quiser pode ouvir o meu programa manhoso onde os convidados faltam e a incoerência e vulgaridade têm lugar marcado.

11:54 da tarde  

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