sábado, setembro 16, 2006

EM BANHO-MARIA

Numa das escutas interceptadas pela Policia Judiciária em que José Veiga e Pinto de Sousa foram os interlocutores, não foi considerada suficiente para imputar qualquer crime aos intervenientes. Recorde-se, o ex-empresário era patrão do Estoril Praia e falou com Pinto de Sousa, gestor da arbitragem na federação, para que aquele contactasse o árbitro Jorge Sousa, de forma a que o Estoril fosse beneficiado no jogo seguinte. Pinto de Sousa disse que trataria do assunto, mas o Ministério Público entendeu que a matéria apurada não era suficiente porque não ficou demonstrado quais as contrapartidas recebidas pelo árbitro do jogo que o clube de Filipe Vieira viria a vencer.
Entre vários dirigentes da estrutura do futebol e mais 15 dos 18 árbitros investigados, foi provado, através das escutas telefónicas, estarem envolvidos em tráfico de influência e em corrupção.
Agora um magistrado consegue, dando a “volta” ao texto, descobrir que a lei que permitiu dar início às investigações não está conforme o que manda a Constituição e que portanto todo o trabalho até agora desenvolvido pela PJ no caso do Apito Dourado é para deitar fora por decisão do Tribunal Constituicional.
Entretanto, este fim de semana a “bola vai continuar a rolar sobre a erva” dos estádios portugueses com os mesmos protagonistas de sempre. O incrível da situação é que o público até vai pagar para ir ver e vibrar com golos válidos e marcados com a mão.

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  • A MEMÓRIA QUE NÃO SE APAGA