REFORMAS A VOAR
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Chegou a altura de mais uma carreira profissional ser “assaltada”. A dos pilotos da aviação civil. Fica-se com a ideia de que para o governo, estar numa qualquer repartição a carimbar documentos é rigorosamente igual a pilotar um avião de passageiros. Desde há muitos anos que as companhias aéreas pautavam a sua conduta por questões de segurança, quer na manutenção dos aviões, quer pelas exigências profissionais impostas aos seus pilotos. Hoje em dia parece que essas preocupações irão começar a ruir. Muitas companhias, especialmente as de “low cost”, quanto a matérias de manutenção deixam muito a desejar, e todas começam a impor aos seus pilotos mais horas de voo diárias com menos períodos de descanso. Mas não só, o governo parece que não teve conhecimento de um estudo recente norte-americano demonstrativo de que a maioria dos pilotos da aviação tinha um limite de vida mais curto que um cidadão normal. As razões são várias, já para não referir as de stress, prendem-se sobretudo com o facto de os pilotos estarem sujeitos diariamente a vários tipos de pressão atmosférica com resultados óbvios na sua saúde. O governo não estuda e é péssimo aluno. Tenta agora “mexer” na idade de reforma dos pilotos para mais tarde “assaltar” os operadores de tráfego aéreo
cuja a idade de reforma é aos 55 anos. Tudo vai ser alvo de tratamento igual segundo este governo muito “socialista”, pilotos, mineiros, médicos cirurgiões etc. Foi muito confrangedor ouvir o ministro Mário Lino referindo-se à greve de zelo encetada pelos pilotos dizer que, “os pilotos se querem reformar aos 60 anos para poderem depois ir voar noutras companhias.” Conversa apropriada para ouvir numa qualquer “tasca”. Um autêntico “passarão” este ministro das obras públicas e transportes.
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