quinta-feira, setembro 21, 2006

ENGANADOS

O PSD veio agora denunciar que há falta de 100 guardas prisionais nas cadeias portuguesas. Como é tão “engraçado” e ridículo o comportamento do maior partido da oposição. Quem os oiça não os leva presos. Uma das políticas predominantes do PSD é exactamente o emagrecimento dos quadros profissionais do Estado, a liberalização dos despedimentos quer seja no Estado ou nas empresas privadas, tudo a pretexto da salvação da economia.
Oh meus caros, a falta de profissionais não se faz sentir apenas nas cadeias portuguesas, infelizmente vai acontecendo em vários sectores da vida portuguesa. Nos últimos anos ninguém se preocupou com as rescisões de trabalho e as reformas antecipadas propostas aos mais variados tipos de profissionais. A situação nos quadros da banca foi a mais escandalosa de todas. O prejuízo causado vem agora sendo suportado pelos utentes. A palavra de ordem mais sentida pelo público vai sendo cada vez mais batida e resume-se à simples frase “espera se quiseres”. Mas não só, os que se mantiveram nos serviços e nas empresas foram sobrecarregados com o trabalho que há para fazer à custa de horas extraordinárias que na maioria das vezes não lhes são pagas. Ninguém nos consegue convencer que um empresário ou gestor não prefira ter um único empregado que trabalhe 12 ou mais horas por dia do que dois que trabalhem 7 ou 8 horas. Por estas razões há cada vez menos emprego, consequentemente menos dinheiro para a Segurança Social, menos condições de trabalho, menos qualidade nos produtos produzidos o que pressupõe menor desenvolvimento, maior insatisfação na população mas muito mais dinheiro no bolso de uma minoria exploradora. É muito simples, a economia não é assim tão difícil de analisar como nos querem fazer acreditar deitando-nos constantemente poeira para os olhos com discursos da “tanga”. Difícil é ser criativo, imaginativo e justo. São qualidades que vão faltando aos políticos e legisladores indígenas. Daí o atraso de Portugal. Só existe criatividade para tentar enganar o próximo. Afinal o que falta não são guardas prisionais, faltam é mais presos nas cadeias portuguesas.

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  • A MEMÓRIA QUE NÃO SE APAGA