quarta-feira, maio 20, 2009

DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS

Ainda falam em Bloco Central para nos tirar da crise e mudar Portugal como se tal Bloco não nos tivesse governado ao longo dos últimos 30 anos.
Lopes da Mota, homem próximo do PS e actualmente Presidente do Eurojust que coordena as investigações criminais entre os países europeus da CE, foi acusado pelos procuradores do caso Freeport de os ter pressionado com o intuito de facilitar a vida ao Primeiro Ministro José Sócrates. Resultado acabou por ser alvo de um processo disciplinar actualmente em curso. A oposição desde logo exige a sua demissão enquanto que o governo defende o seu amigo intimo quer pelo seu prestígio quer pela presunção da sua inocência.
A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite e os restantes membros do seu partido, mostram-se profundamente chocados e escandalizados por Lopes da Mota não ter sido ainda demitido ou o mesmo não ter pedido a suspensão das suas funções no Eurojust. São exactamente estas as mesmas pessoas que nunca se pronunciaram sobre a demissão do seu camarada de partido de longa data, Manuel Dias Loureiro, de membro do Conselho de Estado depois das trapalhadas suspeitas na gestão escandalosa e danosa do BPN em que Loureiro foi chave importante do processo. Que mais acrescentar sobre a integridade moral e a honestidade da maioria dos políticos portugueses?

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O FIM DE DO OCIDENTE

A Globalização, tal como foi concebida, vai determinar o fim da prosperidade do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas as novas superpotências que a globalização ajudou a criar: a China, a Índia...
O Ocidente caiu na armadilha da globalização que interessava às grandes Companhias, que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Todos sabem que o custo da mão de obra é insignificante no valor dos bens aí produzidos, em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Como os bens produzidos se destinam è exportação para o ocidente, se o ocidente for perdendo poder de compra, a crise acaba por tocar também as novas potências, porém, a crise nesses países será apenas um menor crescimento económico. Há poucos anos era de dois dígitos e agora deverá ficar-se por 6 ou 7%, mas a isso não se poderá chamar de “crise”. O ocidente está condenado a um crescimento económico negativo (regressão económica).
Ao aderiram ao desafio da "globalização selvagem", os países da União Europeia prometeram ao seus cidadãos que as suas economias se tornariam mais robustas e competitivas (não sei bem como?) e não exigiram aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, como: criar regras laborais, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice para poderem aceder livremente aos mercados do ocidente. Não, o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação sem essas condições, criando assim uma concorrência desleal e “selvagem” de que sairá sempre a perder. A única solução será a de nivelar os salários e as condições sociais dos países orientais e é a isso que estamos a assistir neste momento. Acresce que esses países nem sequer estão comprometidos com a defesa do ambiente e as suas tecnologias são mais baratas mas altamente poluentes. Assim, o ocidente e a UE ditou a sua própria “sentença de morte”. Assim, enquanto algumas empresas não resistem à concorrência e fecham portas para sempre, outras irão deslocar-se para a China ou para a Índia para assegurar a sua própria sobrevivência, o que provocará o definhar da economia ocidental. Quanto aos trabalhadores, será que depois do razoável nível social que atingiram vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! por o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. A Segurança Social não poderá em breve suportar o esforço para minimizar os problemas que irão crescer sempre: a época áurea do ocidente já é coisa do passado e em breve encher-se-á de grupos de salteadores desesperados, sobrevivendo à custa do saque. Regressaremos a uma nova “Idade Média”, se é que poderei chamar assim: A classe média desaparecerá e existirão uns (poucos) muito ricos, alguns à custa do crime violento e/ou económico, que habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções, e que apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; haverá, em simultâneo, uma enorme mole de gente desesperada de mendigos e de salteadores que lutam pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida agrupando-se, pois as ruas serão dominadas pelos marginais, ficando as polícias confinadas aos seus espaços próprios e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir.

Infelizmente, os dois maiores partidos portugueses (PS e PSD) estão amplamente comprometidos com este tipo de políticas neo-liberais, ora aí estão os resultados e muito mais está para vir...

Zé da Burra o Alentejano

4:44 da tarde  

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