POIS CLARO, O ESTADO
Parecia dramático mas no fundo não passava de um caso extraordinário de fazer chorar as pedras da calçada. Um dos clientes do Banco Privado Português, à porta do banco e perante as câmaras de televisão, lamentava a sua situação e o destino dos seus investimentos naquela entidade bancária. Suplicava ele em termos exigentes que, “o Estado tem a obrigação de resolver de imediato o nosso problema, só o Estado o pode fazer.” Não estava ali ninguém para lhe dizer de imediato, porque teria o Estado que solucionar o seu caso se ele próprio não confiou as suas poupanças e rendimentos ao Estado e às suas entidades bancárias optando antes por os depositar em mãos privadas que lhe prometeram mundos e fundos? Não o fez porque aquele individuo como muitos outros só recorrem ao socorro do Estado quando se encontram em situação aflitiva. Até aí, são os primeiros a condenar o peso do Estado na economia nacional e são também os primeiros a defender cegamente as privatizações dos bens estratégicos do país sem pensar minimamente nas consequências das mesmas. O senhor foi jogar e perdeu. Só falta saber se o azar foi dele ou nosso.
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