domingo, outubro 10, 2010

NÃO SE IMPORTA?

Já nem sequer vale a pena comentar a falta de isenção e pluralismo que grassa nas nossas televisões em termos de comentário político e económico. Quem está minimamente informado limita-se apenas a ouvi-los só para conhecer até onde vai o descaramento da maioria dos comentadores actuais. Perante este cenário, o público começa a crer que o caminho preconizado por estes “entendidos” na matéria é de sentido único. Falta-nos só conhecer o tipo de dividendos que esta gente colherá no futuro. Cá estaremos para ver.

Na última emissão de a “A Hora de Fecho” da RTPN, um dos jornalistas convidados era David Dinis editor de política do Diário de Notícias. A propósito da actualidade da semana, as Comemorações Oficiais dos 100 anos da República e a inauguração da Fundação Champalimaud, o jornalista no seu comentário enviesado, para além de querer destacar mais em termos de importância a inauguração da Fundação como projecto de futuro para o país do que o Centenário da República, direito de opinião que lhe assiste, não foi no entanto rigoroso e consequentemente errou ao afirmar que na inauguração marcaram presença todas as importantes forças políticas ao contrário do que aconteceu na Praça do Município.

Nas cerimónias do Município, apesar da ausência dos líderes do PSD e CDS, estiveram representadas todas as forças políticas com assento na Assembleia da República enquanto na inauguração da Fundação Champalimaud estiveram, o Presidente da República, o Primeiro-ministro e o líder do PSD Pedro Passos Coelho. Ou seja, o jornalista David Dinis do Diário de Notícias talvez não se apercebendo do seu preconceituoso comentário só já considera como representantes do povo português, o Presidente da República, o governo do PS e os partidos da oposição à direita deste. Tudo o resto devem ser resquícios da democracia a que não se deve dar grande importância. Escapa-se-lhes este tipo de pormenores tal a cegueira. O David Dinis tem também o direito de pensar assim mas há a referir que os telespectadores têm igualmente direitos, o de serem devidamente informados com rigor e isenção quando se trata de análise jornalística como é no caso desta emissão. Já não exigimos independência no seu comentário mas, nos dados e nos factos, sejam honestos.

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  • A MEMÓRIA QUE NÃO SE APAGA