sábado, agosto 21, 2010

A LIXEIRA


Carlos Queiroz foi suspenso das suas funções por um mês e multado em 1000 euros pela Federação Portuguesa de Futebol na sequência das ofensas dirigidas aos elementos da Adop . Depois de tanto alarido a montanha pariu um ratinho. Ou seja, juridicamente a incompetente FPF não conseguiu o álibi para levar por diante o que muitos desejavam, o despedimento por justa causa do seleccionador nacional e, verificou também que lhes seria bastante oneroso pagar uma indemnização de vários milhões para o despachar. Vai daí, suspende-o durante um mês e condena-o a uma multa no mínimo ridícula tendo em linha de conta os valores por que se rege o mundo da bola. Parece que o homem tem que pagar uma coima de estacionamento como o comum dos cidadãos. Lá estão os princípios de justiça caduca da comunidade portuguesa a funcionar no seu melhor. Cada vez mais vem ao de cima toda a incompetência dos dirigentes do futebol português que teimam em manter-se indefinidamente nos lugares beneficiando de um sistema criado por eles próprios que os perpetua nas suas funções. É assim no futebol e na generalidade dos cargos públicos de direcção. Não há interesse em discutir e rever estas situações. Ao contrário do que aconteceu com o seu antecessor Luís Filipe Scolari que tentou agredir um jogador sérvio, Carlos Queiroz não foi condenado pela UEFA mas sim pela FPF que resolve assim castigar a própria selecção portuguesa que deste modo se vê desfalcada no banco do seu treinador principal para os dois primeiros jogos de qualificação com vista ao Europeu de 2012. Não está assim certamente criado o melhor ambiente de trabalho e liderança que se impõe e que é tão necessário a qualquer organização que se preze. No mesmo dia em que tudo isto se passa e, não sabendo como lidar com o caso, no meio desta grande trapalhada, a FPF resolveu agora instaurar um novo processo a Carlos Queiroz pelas declarações proferidas pelo seleccionador a um jornal já faz quase 15 dias. O Secretário de Estado do Desporto não gostou que tivéssemos perdido com a Espanha no Mundial da África do Sul, não quer mais este treinador à frente da selecção e a Federação Portuguesa de Futebol já não sabe para onde se virar. Tivesse a selecção uma classificação que lhe desse acesso ao pódio do Mundial ou praticado um futebol que tivesse sido elogiado pela imprensa mundial para que estivéssemos já cansados de ver nas nossas televisões o Secretário de Estado do Desporto, o Presidente da Federação e outros políticos mais em pose risonha colhendo os devidos louros do feito. Nunca teríamos sabido nesse caso que Carlos Queiroz tinha enviado para a cona da mãe o dirigente de uns funcionários do controlo anti-doping que procuravam fazer o seu trabalho em defesa dos jogadores profissionais. Tudo isto tem um nome e um responsável e que dura, dura, dura sabe-se lá até quando. Chama-se Gilberto Madaíl e não há processo que o afaste.

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