sábado, setembro 30, 2006

POLIVALÊNCIA E TENHA PACIÊNCIA

Com o intuito de enriquecer alguns e dar mais trabalho a outros, partir dos anos 90 em Portugal, começou-se a querer-instituir nas empresas a política da polivalência de funções. Escaparam a este tipo de politica economicista poucas classes profissionais, por exemplo, os médicos cirurgiões e os pilotos da aviação apenas só porque quem decide estas coisas não está lá muito interessado em ser operado por um enfermeiro ou viajar num avião tripulado por uma hospedeira.
Não nos venham contar a história que nos outros países também é assim. Bem pelo contrário, pelo que tenho verificado lá por fora mantém-se muito o hábito de cada um tocar apenas o seu “instrumento”, só que com uma diferença substancial, a de que tem que o tocar muito bem e especializar-se nele cada vez mais. Por essa razão, de uma maneira geral, tudo é bem mais feito e todos são melhor servidos.
Um exemplo irritante do que se vai passando cá no burgo:
Muitas cafetarias estão a criar o hábito de o empregado da caixa registadora servir também os clientes. Colocamo-nos na fila para fazer o pré-pagamento do que vamos consumir, esperamos que o empregado faça o registo de caixa do pedido do cliente que está à nossa frente e depois, fica-se à espera que o mesmo empregado abandone a caixa e vá servir o utente. Entretanto, os restantes clientes resignam-se pacientemente graças à chamada polivalência. Paguem e esperem se quiserem.

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  • A MEMÓRIA QUE NÃO SE APAGA