domingo, junho 07, 2009

PORTUGAL NÃO AJUDA


Terminou o dia de reflexão que antecede as eleições para o Parlamento Europeu. Alguns de nós aproveitou para, nas conversas convívio de fim-de-semana e em estilo tertúlia, debater com os seus amigos a importância deste acto eleitoral. O mundo piorou praticamente em todos os aspectos e concretamente a Europa foi demasiadamente impotente para não se deixar também arrastar pela crise. A culpa deveu-se sobretudo às opções políticas neo-liberais postas em prática pela sua classe dirigente e cuja maioria faz parte do PPE, Partido Popular Europeu. Com eles a Europa deixou de ser social para ser unicamente económica. Era talvez importante mudar mas para tal era também importante derrotá-los com a única arma que temos por enquanto, o nosso voto. Estrategicamente seria útil votar nos partidos socialistas europeus impedindo desta forma uma nova maioria do PPE no Parlamento Europeu. Dir-se-á então, os portugueses que desejam a mudança deveriam assim votar no Partido Socialista. Pois é, esse é o nosso grande problema do momento, o Partido Socialista português liderado por José Sócrates não merece de forma alguma qualquer voto de confiança. O governo de Sócrates e o partido que o apoia na Assembleia da República em nada contribuíram, bem pelo contrário, para que o mais nefasto da economia neo-liberal degradasse as condições já bastante precárias dos seus cidadãos. Não é por acaso que Sócrates é também um apoio de Durão Barroso para novo mandato como Presidente da Comissão Europeia e que lá foi colocado quer pela direita europeia quer pelo lóbi que o ex-primeiro ministro do PSD criou após ter oferecido nos Açores os seus préstimos a George Bush, Tony Blair e Aznar e ali decidirem, todos envoltos numa grande mentira, uma nova invasão ao Iraque com consequências altamente dramáticas e que custou a vida de milhares de pessoas. Sócrates diz que Durão é português e que por essa razão merece o seu apoio porque isso é benéfico para Portugal. Sócrates está enganado, não é importante que a Comissão Europeia seja presidida por um português, o que é importante é que ela seja dirigida por gente com outra visão mais justa da Europa e do mundo que nos leve por outros caminhos seja ele de que nacionalidade for. O importante são as políticas e não as individualidades e Sócrates mostra apenas ser oportunista no pior dos sentidos. Por tudo isto e, após a necessária reflexão, por muito que nos custe, lamentamos não poder ajudar os socialistas europeus, não conseguimos confiar nesta gente para derrotar a direita europeia e os seus representantes do PPE. Em Portugal o actual Partido Socialista e José Sócrates merecem para já o primeiro cartão amarelo. O vermelho virá a seguir.

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  • A MEMÓRIA QUE NÃO SE APAGA